terça-feira, 2 de julho de 2019

Reflexões sobre o documentário "Ausentes: 

Evasão Escolar no Ensino Médio"

A evasão escolar é um dos grandes problemas do Ensino Médio, principalmente, em escolas públicas localizadas nas periferias, assim como a nossa.

Numa dessas noites de sexta feira em que poucos alunos vão à escola, não apenas para a nossa, mas para a maioria das escolas, inclusive para as faculdades, assistimos ao documentário "Ausentes: Evasão Escolar no Ensino Médio", um documentário produzido por Amanda Pattaro, Caren Godoy, Izabela Eid e Tácila Faria como Trabalho de Conclusão de Curso, da Faculdade de Jornalismo, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2016.
Nossos estudantes assistiram ao documentário, participaram de uma roda de conversa sobre o tema, fazendo questionamentos e reflexões sobre as dificuldades encontradas por eles e as comentadas no documentário. Depois disso alguns alunos e alunas escreveram algumas linhas sobre o que viram e a estudante Thais, do 3º ano do E.M. escreveu uma dissertação.

Texto dos alunos: Sergio, Gustavo, Cristian, Pablo, Rayane, Thais, Leonardo, Ivam, Caio e Felipe.
Muitos jovens estão abandonando as escolas por vários motivos, são eles: gravidez, desinteresse, problemas financeiros, vícios, trabalho etc.
Alguns jovens vêm para a escola, mas não tem interesse nos estudos, por conta disso acabam ocupando o espaço de quem realmente tem interesse.
No documentário aparecem vários exemplos de pessoas que pararam de ir para a escola para poderem trabalhar e se sustentar.

Texto da estudante Thais Queiroz dos Santos.
Pobreza e Gravidez umas das principais causas da evasão escolar.
A exclusão está relacionada a casos de repetência, abandono e evasão escolar. Segundo pesquisas feitas pelas  Unicef (Fundos das Nações Unidas para a Infância), o trabalho infantil, desigualdade social, inclusão digital e gravidez precoce são fatores determinantes para o abandono e repetência escolar. 
Cerca de 3,7 milhões de meninas entre 6 e 17 anos  de idade estão fora da escola ou não terminaram os estudos  no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2009).  As causas variam conforme o nível de ensino. No Ensino Fundamental a distância da escola  associada à falta de transporte, trabalho infantil, ou de quem possa levar e buscar a criança, é a principal causa.
Já no Ensino Médio, a falta de interesse,  a democratização do acesso às tecnologias da Informação, dificuldade de acesso a biblioteca e a gravidez precoce na adolescência é que passa a ser umas das principais causas.
Crianças e adolescentes escolhem como opção  o trabalho, como alternativa para tentarem escapar da pobreza em atividades  que os submete a exploração sexual, abuso físico, isolamento social e psicológico. O número de adolescentes grávidas chega a ser gritante, estimada em 65,5 nascimentos a cada mil.  Vale salientar ainda que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto. Esses fatores levam as meninas a abandonarem a escola por não terem com quem deixar seus filhos e para serem mães em tempo integral.
No mundo globalizado em que vivemos, é necessário que as escolas despertem o interesse do aluno com novas atividades em sala de aula, disponibilização da tecnologia para acesso a informações e pesquisas, bibliotecas para locais de estudo após a aula.  Presenças de equipes multidisciplinares compostas por psicólogos, assistentes sociais e líderes capazes de atender a essas demandas. Que o esporte, a cultura e o lazer façam parte dessa malha interdisciplinar da Educação Restaurativa, onde o entretenimento seja garantido como uma forma mais ampla da inclusão social dos jovens estudantes
Sendo assim, devemos começar a tomar atitudes para que aos poucos esses assuntos sejam resolvidos. Promovendo debates, campanhas , palestras e uma Educação Restaurativa que seja capaz de acompanhar o mundo da digitalização. Mudança é difícil no começo, confusa no meio e surpreendente no final. Devemos lutar pela  educação e pelo futuro dos jovens. 

Para assistir ao documentário acesse: https://www.youtube.com/watch?v=vouEeBimqos

Prof. Fabiana Azevedo

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