terça-feira, 2 de julho de 2019

Falando sobre poluição na aula de Geografia com o Professor Terra (Fernando)


O Professor Terra (Fernando) encontrou um caminho diferente para fazer os estudantes pensarem sobre a poluição e as formas como ela impacta nossa vida cotidiana.
E como ele fez isso?
No início da aula ele orientou os estudantes e falarem palavras aleatórias que foram anotadas na lousa e deveriam fazer parte de um texto reflexivo sobre a poluição. A maioria dos alunos conseguiu escrever seus textos utilizando as palavras e relacionando-as ao tema poluição, porém o aluno Paulo Gomes da Silva do 8º ano conseguiu cumprir a tarefa brilhantemente e teve seu texto elogiado por vários professores da escola. Por isso, você poderá, assim como nós, se divertir e pensar nas questões apresentadas pelo Paulo.
As palavras que deveriam ser usadas obrigatoriamente, aquelas que os alunos escolheram no início da aula, aparecerão em destaque no texto.
Vamos à leitura!

Poluição - O que fazer

O que fazer com a poluição? Em primeiro lugar vamos falar da poluição sonora.
Tenho uma coisa pra contar: Eu não consigo dormir nas sextas-feiras, sábados e domingos, basicamente, quero dizer o fim de semana. Não consigo dormir por causa do Funk e é por isso que eu tenho ódio nos finais de semana. Mas vamos passar uma borracha na minha história e vamos ver o que fazer a respeito da poluição sonora.
A Prefeitura não pode pegar uma caneta e multar essas pessoas (pelo menos eu acho que não pode), então, podemos arrancar essa página do caderno de soluções.
A comunidade pode se unir e reclamar com essas pessoas que deixam caixas de som ligadas à noite inteira e talvez trazer uma luz de alegria para a comunidade.
Agora vamos falar de poluição visual, como pichação ou coisa do tipo. Na minha escola (na verdade no meu bairro inteiro) tem várias pichações e isso não traz felicidade à ninguém (talvez para algumas pessoas, sei lá).
Em primeiro lugar, tem uma grande diferença entre pichação e grafite (e não estamos falando de grafite de lápis). Grafite é quando uma pessoa é apaixonada por arte e quer mostrar o próprio potencial para todos olharem, então essa pessoa pede permissão ao dono de uma casa (ou uma parede) para fazer essa arte e trazer felicidade e sorrisos para todos (professor, desculpe por usar sorriso no plural). Pichação é quando alguém tem amor pelo vandalismo, faz arte (no mal sentido) na casa dos outros sem permissão.
E agora vamos falar da poluição da natureza, basicamente é quando as pessoas jogam lixo, comida (até cerveja) no chão, na água etc. Isso causa muitos problemas no ecossistema.
Talvez esse texto não tenha sido feito corretamente (já que eu estava preocupado em colocar as palavras da lousa), mas se a gente fingir o melhor a gente pode fechar o último capítulo da poluição no mundo e abrir o livro da paz e amizade.

Parabéns, Paulo!!

Reflexões sobre o documentário "Ausentes: 

Evasão Escolar no Ensino Médio"

A evasão escolar é um dos grandes problemas do Ensino Médio, principalmente, em escolas públicas localizadas nas periferias, assim como a nossa.

Numa dessas noites de sexta feira em que poucos alunos vão à escola, não apenas para a nossa, mas para a maioria das escolas, inclusive para as faculdades, assistimos ao documentário "Ausentes: Evasão Escolar no Ensino Médio", um documentário produzido por Amanda Pattaro, Caren Godoy, Izabela Eid e Tácila Faria como Trabalho de Conclusão de Curso, da Faculdade de Jornalismo, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2016.
Nossos estudantes assistiram ao documentário, participaram de uma roda de conversa sobre o tema, fazendo questionamentos e reflexões sobre as dificuldades encontradas por eles e as comentadas no documentário. Depois disso alguns alunos e alunas escreveram algumas linhas sobre o que viram e a estudante Thais, do 3º ano do E.M. escreveu uma dissertação.

Texto dos alunos: Sergio, Gustavo, Cristian, Pablo, Rayane, Thais, Leonardo, Ivam, Caio e Felipe.
Muitos jovens estão abandonando as escolas por vários motivos, são eles: gravidez, desinteresse, problemas financeiros, vícios, trabalho etc.
Alguns jovens vêm para a escola, mas não tem interesse nos estudos, por conta disso acabam ocupando o espaço de quem realmente tem interesse.
No documentário aparecem vários exemplos de pessoas que pararam de ir para a escola para poderem trabalhar e se sustentar.

Texto da estudante Thais Queiroz dos Santos.
Pobreza e Gravidez umas das principais causas da evasão escolar.
A exclusão está relacionada a casos de repetência, abandono e evasão escolar. Segundo pesquisas feitas pelas  Unicef (Fundos das Nações Unidas para a Infância), o trabalho infantil, desigualdade social, inclusão digital e gravidez precoce são fatores determinantes para o abandono e repetência escolar. 
Cerca de 3,7 milhões de meninas entre 6 e 17 anos  de idade estão fora da escola ou não terminaram os estudos  no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2009).  As causas variam conforme o nível de ensino. No Ensino Fundamental a distância da escola  associada à falta de transporte, trabalho infantil, ou de quem possa levar e buscar a criança, é a principal causa.
Já no Ensino Médio, a falta de interesse,  a democratização do acesso às tecnologias da Informação, dificuldade de acesso a biblioteca e a gravidez precoce na adolescência é que passa a ser umas das principais causas.
Crianças e adolescentes escolhem como opção  o trabalho, como alternativa para tentarem escapar da pobreza em atividades  que os submete a exploração sexual, abuso físico, isolamento social e psicológico. O número de adolescentes grávidas chega a ser gritante, estimada em 65,5 nascimentos a cada mil.  Vale salientar ainda que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto. Esses fatores levam as meninas a abandonarem a escola por não terem com quem deixar seus filhos e para serem mães em tempo integral.
No mundo globalizado em que vivemos, é necessário que as escolas despertem o interesse do aluno com novas atividades em sala de aula, disponibilização da tecnologia para acesso a informações e pesquisas, bibliotecas para locais de estudo após a aula.  Presenças de equipes multidisciplinares compostas por psicólogos, assistentes sociais e líderes capazes de atender a essas demandas. Que o esporte, a cultura e o lazer façam parte dessa malha interdisciplinar da Educação Restaurativa, onde o entretenimento seja garantido como uma forma mais ampla da inclusão social dos jovens estudantes
Sendo assim, devemos começar a tomar atitudes para que aos poucos esses assuntos sejam resolvidos. Promovendo debates, campanhas , palestras e uma Educação Restaurativa que seja capaz de acompanhar o mundo da digitalização. Mudança é difícil no começo, confusa no meio e surpreendente no final. Devemos lutar pela  educação e pelo futuro dos jovens. 

Para assistir ao documentário acesse: https://www.youtube.com/watch?v=vouEeBimqos

Prof. Fabiana Azevedo